quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Wladimir




Com a eterna cara de menino, mas com grande senso de responsabilidade, ele orgulha-se de ser o recordista de jogos de toda a história esportiva, Corinthiana. Costela quebrada, tornozelo inchado, 39 a 40 graus de febre e uma terrível dor na sola do pé, que só foi curada com sebo de carneiro, graças a uma receita dada por uma entidade espiritual, conforme ele mesmo disse. Nada disso o impedia de disputar e partidas e partidas sem entrar no rodízio para se poupar ou fazer tratamento adequado como fazem os jogadores de hoje. Porém, não há bem que sempre dura e nem mal que nunca acabe, a dor passou a fase ruim acabou, e ele voltou a ser o grande, lateral esquerdo de qualidades refinadas, cuja função era primeiro marcar o ponta para depois sair jogando e atacar com muita eficiência. Era esse o perfil exigido pelos técnicos que o dirigia e principalmente pelos torcedores que o apoiava sua garra simbolizada nos seus carrinhos. Pois seu pequeno porte físico dificultava em marcar homem a homem, os velozes pontas da época, as vezes jogava duro, mas com muita lealdade e respeito, pois com pouco mais de quinze vestindo a camisa Corinthiana, ele levou apenas quatro cartões vermelhos .Segundo suas palavras, dois foram injustamete. É dele também o maior número de partidas jogadas consecutivas, pelo mesmo clube, 161 partidas sem uma única ausência. Essa frecuência ativa dentro dos gramados jamais prejudicou sua regularidade, jogava como um relógio, preciso e correto. Afirmação feita pelo jornalista: Paulo Guilherme, autor do Livro: Os Onze Maiores Laterais do futebol brasileiros, no qual está Wladimir Rodrigues dos Santos, nascido em São Paulo dia 29 de agosto de 1954. Para Wladimir não foi fácil o começo de carreira, começou jogando nas paróquias da zona Oeste, passou pela vársea, foi levado para a peneira Corinthiana, no qual foi reprovado, voltou, insistiu e provou que tamanho nunca foi documento, conseguiu uma vaga na equipe dente de leite.Com pouco mais de dois anos estreiava entre os profissionais jogando contra o Besika da Turquia em uma excursão pela Europa. Na seleção não deu sorte, teve poucas oportunidades pois em sua posição tinha Júnior,que jogava no Rio e foio maior lateral brasileiro nas útimas décatas. Porém na equipe Corinthiana Wladimir jogou 805 partidas, 372 vitórias 256 empates i77 derrotas e 32 gols marcados, quatros títulos paulista 77, 79, 82 e 83. Sua maior glória foi dia dia 13 de outubro de 1977. nascido em 54, nunca tinha visto seu Corinthians ser campeão. Trinta e seis minutos do segundo tempo . Zé Maria cruzou a bola Wladimir subiu, testou a bola, tinha indereço certo, mas bate em Oscar,zagueiro da Ponte preta, sobrou para Basilio encher o pé marcando o gol que tirou seu time da fila que durou mais de 20 sem títulos. Hoje Wladimir diz: me sinto recompensado, com o clube que me deu vida no futebol. Todas as sexta feiras Wladimir se com roupas brancas para revenrenciar Oxala, pois se não fosse o sebo de Carneiro, talvez eu não tinha conquistado o título de jogador que mais vestiu o manto sagrado Corinthiano. Parabéns Wladimir.

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