quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gerson de Oliveira Nunes


Entre o prestígio de um craque e a fama de briguento ele dividiu a sua brilhante carreira como um autêntico craque de futebol .Porém por falar demais e brigar contra tudo e contra todos ele ganhou o apelido de papagaio falador, mas com certeza com a bola nos pés foi sem sombra de dúvida um do maiores meia-esquerda que os esportistas brasileiros conheceu, e não poderia ser diferente pois teve como amigo e concelheiro o saudoso mestre Ziza e foi Didi quem afirmou: esse será o meu sucessor nas próximas convocações.
Com a categoria que Deus lhe deu ele tinha o dom de lançar a bola por mais de quarenta metros e ela caia redondinha nos pés ou no peito de um companheiro bem colocado.
Para aqueles que gostam de fazer comparações os taipes estão ai para quem quiser ver e conferir.
Com 17 anos ele iniciou sua carreira no juvenil do Flamengo,em seguida estreia na equipe principal. Ainda como amador foi convocado para disputar o Pan-americano. Em 1960 foi titular da seleção olímpica nos jogos olímpicos de Roma. Em 61 assina seu primeiro contrato como profissional com o clube da Gávea. Em 62 foi dispensado da seleção para realizar uma cirurgia no
menisco. Em 63 após conquistar o título de campeão carioca pela Flamengo ele foi jogar no Botafogo.Em 64 começa seu martírio na seleção .
Após ser derrotada pela seleção Argentina por 3 a 0 em pleno Pacaembu alguns bairrista passaram a chamá-lo de covarde. Com o vexame brasileiro na Inglaterra ele volta a ser alvo das
críticas, foi o bode expiatório de toda a equipe brasileira. Em 67 e68 conquista o bi-campeonato
carioca jogando pelo Botafogo Em 69 o São Paulo Futebol Clube já com seu monumental Estádio praticamente concluído recomeça a era das grandes contratações, foi ao Rio buscar o grande astro botafoguense, embora muita duvidou de seu sucesso no futebol paulista. Em 1970 calou a boca de seus perseguidores gratuitos e ajuda o Brasil a conquistar em definitivo a tão cobiçada Taça Jules Rimet voltando consagrado como o canhotinha de ouro do futebol brasileiro.
Ao vestir a camisa 10 do tricolor paulista ele conquista o título de bi-compeão. Esse título o consagrou como o maior meia esquerda de toda a historia São Paulina.
Em 72 a saudade das praias cariocas e fato de sua esposa não se aclimatar em São Paulo, ele volta Rio, foi defender o verdadeiro tricolor de sua vida. Em 74 encerra sua brilhante carreira como jogador embora dividida entre a fama craque e a calúnia de mercenário. Porém nos do Cantinho do Passado temos a certeza de que Gerson de Oliveira Nunes pode não ter tido a técnica do mestre Ziza ou o controle emocional de Didi ou a genialidade de Pelé ou a patada atómica de Revellino, mas ainda não apareceu outro canhotinha como a de Gerson de Oliveira Nunes: Parabéns papagaio bom de bola.


Nenhum comentário:

Postar um comentário