quarta-feira, 27 de abril de 2011

Djalma Santos




Um pedacinho preto de Deus, que veio do céu, para iluminar nossos estádios de futebol, foi mais ou menos assim, que um renomado cronista esportivo usou para definir as qualidades técnicas, carater e personalidade desse mito do futebol brasileiro, que hoje está sendo homenagiado aqui no Cantinho do Passado. E não poderia ser diferente, pois o futebol que ele jogava mais parecia um presente dos deuses, tal era o carinho com que ele tratava a bola. Antes de se apaixonar pela nova profissão, ele foi sapateiro, no bairro da quarta parada, profissão essa que quase lhe tirou a primazia de ser o inovador nas cobranças de laterais, pois sofreu um grave acidente em uma das mãos. Porém ele estava predestinado mesmo, mesmo era brilhar em nossos gramados, dai ele da inicio a sua fantástica carreira. Com muita garra e a habilidade, exigida nos campos varzeanos, o levou a Portuguesa de Desporto. Seu sucesso na lusa foi rápido, pois a equipe do Canindé, tinha um time recheado de craques consagrados, tais como Zinho, Brandãozinho, Julinho Botelho, Pinga e Simão. Após uma excursão vitoriosa pelo velho mundo, em 51 jogando na Turquia ele levou seu segundo susto, talvez seu único tombo; sentado, numa mureta as margens do mar de Bósforo, ele perdeu o equilíbrio e desabou no mar, por sorte nosso craque era bom também na água. Em 52, integrando o super-time da Portuguesa conquista brilhantemente o torneio Rio e São Paulo. A partir dessa conquista a carreira do menino pobre decolou para não mais cair. Em 58, o craque que inovou, as cobranças de laterais, com seus braços forte mandando a bola para dentro da pequena área, como se fosse um escanteio, em 54 participou com a seleção no fatídico vexame de Berna na Suíça, porém, em 58 volta a ser convocado para disputar sua segunda copa do mundo, mas por problema de contusão, só joga na última partida, no que foi suficiente para ser considerado como o melhor lateral direito da copa, Regressa ao Brasil, sai da Portuguesa e vai para o palmeiras onde viveu seus melhores momentos repetindo tudo o que havia colocado em ação. Em 62 é convocado para disputar sua terceira copa do mundo, dessa vez ele vai ao Chile como titular absoluto conquistando seu bi-campeonato do mundo, Dois anos mais tarde integra a seleção da FIFA ,em várias enquetes internacionais apontam Djalma Santos como o maior lateral direito de todos os tempos, esse título caiu com muita justiça pois Djalma poderia ser o lateral direito desde 1950, só não foi devido às cariocadas de sempre, porém são coisas do nosso futebol. Apesar de Djalma Santos ter encerrado sua carreira há vários anos ainda hoje é considerado o melhor lateral direito de toda a história palmeirense. Também pudera depois de dez anos de conquistas tais como taça Brasil em 60 e 67, Roberto G. Pedrosa em 67 Paulista em 59,63,66 Rio e São Paulo em 65, encerrando sua fantástica carreira no Atlético Paranaense. Realmente é com muita saudade que o Cantinho do Passado presta essa pequena homenagem ao "Pedaçinho Preto de Deus" que veio do Céu. Parabéns Djalma Santos.

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