terça-feira, 22 de março de 2011

Serginho Chulapa


O craque de hoje aqui no Cantinho do Passado, foi um dos craques mais extrovertido e polêmico que os desportista brasileiros possam imaginar. Paulistano de nascimento, torcedor santista de coração, sambista da Camisa Verde e Branco, da capital, oriundo da escolinha de base do São Paulo Futebol Clube, o maior celeiro de craques tipo exportação do País. Sinceramente, quem poderia imaginar que esse craque seria o maior artilheiro de toda a história do tricolor paulista, até os dias de hoje, 248 gols. Só isso já o credencia ao hall da fama do Morumbi. Porém ele não foi só um goleador impiedoso, oportunista, sabia como se colocar dentro da área, para falar a verdade, a bola o procurava, parecia que seus pés tinham imãs, não poderia ser diferente, pois foi formado para isso. Após brilhantes atuações nas equipes de base, em 73 foi emprestado, para um período de profissionalismo ao Marília, da cidade do interior paulista, onde se destacou como grande artilheiro. Retorna, ao Morumbi para ser o grande goleador, substituindo Mirandinha, que acabava de sofrer uma grave fratura. Apesar de ser o maior goleador da história, sempre fugiu do perfil do clube; temperamental, encrenqueiro, brigão, nunca foi craque de categoria refinada, sou pago para fazer gols dizia ele. Mesmo assim foi um tormento para os dirigentes são paulinos, pois ainda é dele o record de suspensão no futebol brasileiro, 14 meses suspenso por ter supostamente chutado a perna de um bandeirinha. Sua chuteira foi reconhecida entre todas as que estavam no gramado, naquela fatídica tarde em Ribeirão Preto, pelo campeonato de 77. Dono de um temperamento explosivo, catimbeiro Sérgio Bernardes, o Serginho Chulapa cansou de arrumar confusões. Nos dez anos em que defendeu o tricolor do Morumbi transformou-se realmente na figura mais querida e polêmica da história do clube paulista. Na decisão do campeonato brasileiro de 77, ja cumprindo suspensão, Serginho arrumou uma polêmica maior que o Mineirão; foi visto uniformizado, pronto para entrar em campo, tinha na mão uma suposta liminar de efeito suspensivo que lhe dava condições de jogo; isso conturbou o ambiente atleticano, pois acabaram perdendo o título dentro de sua própria casa. Depois de cumprir a suspensão, imposta pelo T J D, Serginho voltou a balançar as redes com mais intensidade, tinha fome de gol, marcou 62 gols na campanha do bi-campeonato paulista 80 e 81. Com 3 título de campeão paulista, 01 brasileiro, 3 vezes artilheiro do campeonato paulista, 75, 77 e 83; Serginho Chulapa deixou o tricolor paulista, desceu a serra. Finalmente foi defender o seu time do coração; o Santos Futebol Clube, conquistando o título de campeão paulista de 84, demonstrando mais uma vez seu faro de goleador ao marcar o gol do título. No ano seguinte assina contrato com o Corinthians, afim de engordar sua conta bancária. Saiu do timão, jogou em equipes de poucas expressões, não jogou na copa da Argentina devido ao episódio de Ribeirão Preto, mas participou da memorável máquina de Tele em 82, na Espanha. Quando aposentou as chuteiras, abraçou a carreira de técnico, porém Serginho Chulapa continuou com a mesma irreverência que Deus o criou, ainda não se acertou na nova profissão.Serginho Chulapa,mesmo com toda sua polêmica e irreverência, dificilmente o futebol brasileiro terá goleadores com a suas qualidades, pois os euros da comunidade européia estão falando mais alto.
Obrigado Serginho Chulapa

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