quinta-feira, 24 de março de 2011

Roberto Dinamite


O Cantinho do Passado conta no programa de hoje, um pouco da carreira desse notável centro avante do futebol brasileiro, alias um dos maiores goleadores do passado que ao nascer no dia 13 de abril de 1954 em Duque Caxias R J, recebeu o nome de; Roberto Carlos de Oliveira. Quem viu suas primeiras intimidades com a bola sua principal companheira na época, jamais poderia imaginar que aquele garoto desengonçado, esguio, desproporcional pela idade, parando ou matando a bola com a canela nos seus primeiros bate bola, nas ruas ou nos campinhos de terra em Duque de Caxias. Seria difícil acreditar que dali sairia em pouco tempo um dos maiores goleadores do futebol brasileiro e mundial. Além de ser o maior artilheiro em clássicos; Vasco e Flamengo, foi também o maior artilheiro de toda a história vascaína até os dias de hoje. Seu recorde de gols em campeonatos durou mais de vinte anos, somente foi quebrado ha pouco tempo. A fantástica carreira desse mito do futebol começou; no dia 25 de novembro de 1971, em jogo válido pelo primeiro campeonato brasileiro, o garoto vinha das equipes de base, fazia sua estreía no time principal, contra o Internacional de Porto Alegre, a jovem promessa entrou em campo substituindo Gilson. Na primeira bola que recebeu, partiu em contra ataque, driblou três marcadores e chutou forte bem no ângulo esquerdo do goleiro Gainete, era o primeiro dos 660 gols marcados, vestindo o manto sagrado da equipe cruz de malta. No dia seguinte, o jornalista Aparício Pires criava uma explosiva manchete para o jornal dos Sport: Garoto dinamite explodiu, E não é que o apelido pegou para sempre. Pois foram vinte e um anos de carreira como profissional 1033 jogos disputados 660 gols marcados, cinco vezes campeão carioca: 77, 82, 87, 88 e 92, campeão brasileiro em 74. No campo de jogo muitos momentos de alegria, tais como aqueles cinco gols que passaram pela garganta do poderoso timão do parque São Jorge. Tudo isso poderia fazer dele um artilheiro, alegre e feliz, porém, não foi; momentos difíceis, também passaram, na sua fantástica carreira; tais como a morte de sua querida companheira Jurema, não ter participado da copa de 78, ter de tampar buraco em 82, seu fracasso no Barcelona da Espanha. Tudo isso lhe aborreceu muito; porém, uma força superior jamais o abandonou; para cada momento triste Deus lhe abençoava mais, desde seu primeiro gol na sua estreia na equipe principal em 71, cinco gols no Corinthians, pelo brasileiro de 80, o chapéu em Osmar Guarnieri, zagueiro do Botafogo e muitos gols bonitos com a marca dinamite. Bem, gostaria de falar muito mais, porém não somos dono do tempo, só me resta dizer que Roberto Dinamite foi talvez o último grande craque a vestir a camisa vascaína, com amor, garra e dedicação, pois em sua época trocar de time era como virasse de lado na cama, mesmo assim ele jogou quase 22 anos, saindo contrariado, pois foi forçado a defender, por empréstimo a gloriosa Portuguesa de Desporto, da capital paulista. Hoje, Roberto Dinamite exerce com dinamismo o cargo de presidente do seu querido Vasco da Gama, e o Cantinho do Passado deseja a você o mesmo sucesso que você conquistou dentro das quatro linhas, mostrando a ingrata torcida vascaina que o fantástico artilheiro triste deixou muita saudade.
Boa sorte, presidente dinamite.

terça-feira, 22 de março de 2011

Serginho Chulapa


O craque de hoje aqui no Cantinho do Passado, foi um dos craques mais extrovertido e polêmico que os desportista brasileiros possam imaginar. Paulistano de nascimento, torcedor santista de coração, sambista da Camisa Verde e Branco, da capital, oriundo da escolinha de base do São Paulo Futebol Clube, o maior celeiro de craques tipo exportação do País. Sinceramente, quem poderia imaginar que esse craque seria o maior artilheiro de toda a história do tricolor paulista, até os dias de hoje, 248 gols. Só isso já o credencia ao hall da fama do Morumbi. Porém ele não foi só um goleador impiedoso, oportunista, sabia como se colocar dentro da área, para falar a verdade, a bola o procurava, parecia que seus pés tinham imãs, não poderia ser diferente, pois foi formado para isso. Após brilhantes atuações nas equipes de base, em 73 foi emprestado, para um período de profissionalismo ao Marília, da cidade do interior paulista, onde se destacou como grande artilheiro. Retorna, ao Morumbi para ser o grande goleador, substituindo Mirandinha, que acabava de sofrer uma grave fratura. Apesar de ser o maior goleador da história, sempre fugiu do perfil do clube; temperamental, encrenqueiro, brigão, nunca foi craque de categoria refinada, sou pago para fazer gols dizia ele. Mesmo assim foi um tormento para os dirigentes são paulinos, pois ainda é dele o record de suspensão no futebol brasileiro, 14 meses suspenso por ter supostamente chutado a perna de um bandeirinha. Sua chuteira foi reconhecida entre todas as que estavam no gramado, naquela fatídica tarde em Ribeirão Preto, pelo campeonato de 77. Dono de um temperamento explosivo, catimbeiro Sérgio Bernardes, o Serginho Chulapa cansou de arrumar confusões. Nos dez anos em que defendeu o tricolor do Morumbi transformou-se realmente na figura mais querida e polêmica da história do clube paulista. Na decisão do campeonato brasileiro de 77, ja cumprindo suspensão, Serginho arrumou uma polêmica maior que o Mineirão; foi visto uniformizado, pronto para entrar em campo, tinha na mão uma suposta liminar de efeito suspensivo que lhe dava condições de jogo; isso conturbou o ambiente atleticano, pois acabaram perdendo o título dentro de sua própria casa. Depois de cumprir a suspensão, imposta pelo T J D, Serginho voltou a balançar as redes com mais intensidade, tinha fome de gol, marcou 62 gols na campanha do bi-campeonato paulista 80 e 81. Com 3 título de campeão paulista, 01 brasileiro, 3 vezes artilheiro do campeonato paulista, 75, 77 e 83; Serginho Chulapa deixou o tricolor paulista, desceu a serra. Finalmente foi defender o seu time do coração; o Santos Futebol Clube, conquistando o título de campeão paulista de 84, demonstrando mais uma vez seu faro de goleador ao marcar o gol do título. No ano seguinte assina contrato com o Corinthians, afim de engordar sua conta bancária. Saiu do timão, jogou em equipes de poucas expressões, não jogou na copa da Argentina devido ao episódio de Ribeirão Preto, mas participou da memorável máquina de Tele em 82, na Espanha. Quando aposentou as chuteiras, abraçou a carreira de técnico, porém Serginho Chulapa continuou com a mesma irreverência que Deus o criou, ainda não se acertou na nova profissão.Serginho Chulapa,mesmo com toda sua polêmica e irreverência, dificilmente o futebol brasileiro terá goleadores com a suas qualidades, pois os euros da comunidade européia estão falando mais alto.
Obrigado Serginho Chulapa